terça-feira, 20 de agosto de 2013

BAM!!!

E foi tudo como se nunca tivessem havido lágrimas,
ou sorrisos,
ou gritos,
ou qualquer outra coisa.
Não teve calor... não teve choro...
Nada!
Só o vazio.
O vazio do quarto, do coração...
Frio...
BAM!
Aquela porta bateu, fria, dura!
Assim como seu rosto, sem dizer palavra!
Quando fecho os meus olhos,
é como se acontecesse de novo...
BAM!
Mas eu ainda não consigo chorar...
BAM!!!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Fazendo o "certo"

Fomos educados para sempre fazer o que é certo,o que é direito. Para sermos pessoas certas e direitas.. Pois dessa forma, seremos felizes, nos sentiremos bem.
"Fazer o que é certo, te dá dignidade, e te deixa bem consigo mesmo."

E quando você precisa tomar uma decisão, todos dizem "siga seu coração", "faça o que ele diz!", "e você se sentirá bem"...

E agora... eis que mais uma vez, eu tenho que decidir. Baseada em quase nada, mais uma esperança do que um fato, um desejo, ou "provavelmente" com muitos "talvez"...

Minha mente me diz que estou escolhendo o que é certo, baseando-se nesses "talvez"...

Mas se estou fazendo o certo dessa vez, por que to me sentindo assim? Se isso é mesmo o certo a fazer por que dói tanto? Por Deus, fazer o certo deveria me fazer sentir bem... E por que não agora?

A vida é feita de decisões, ir para a direita ou esquerda; atender ou não uma ligação, pode significar uma mudança imensa, na sua vida... Será que seria mesmo tão simples quanto o certo e o errado? Sentir-se bem ou não? Não sei...
Mas dói... dói...dói...



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A vista da minha janela

Olhando por essa janela, não vejo nada...
Não presto atenção nas ruas, ou nas pessoas, muitas vezes, nem ouço o que há por lá.
Apenas observo, enquanto tento guardar comigo mais essa memória, apenas a comparo.
Com tantas outras vistas.. Que representaram tantas outras vidas em uma só...
Tantas paisagens, em tantos climas; em tão pouco tempo...

Fico apenas imaginando: "Até quando..."
De tudo que vivi até aqui, a minha "ficha" sempre "cai", quando eu olho pela janela.

Deixou de ser um quintal cheio de árvores, adeus maritaca verde. Hoje não tem mais a janela em frente, em que você tem que prestar atenção, quando troca de roupa. Não tem mais uma cidadezinha lá em baixo, ou a neblina de perto da lagoa. Ou o clima escaldante, nem dá mais pra ver as luzes brilhantes da rua mais famosa que já fui.
Agora é apenas uma cidadezinha, com pessoas indo e vindo, entrando e saindo de seus onibus, carros... Algumas crianças entrando para a escola em frente... Um céu meio nublado...

Até quando? Até quando?

Não sei até que ponto isso é bom, até que ponto "creeps me out"...
Mas fico aqui imaginando se algum dia, terei uma janela minha, com uma vista minha, sem ter que olhar para ela, sabendo que é apenas "por enquanto"...