E de repente, em que tudo parecia normal. Ele se aproximou, e disse, em um único folego:
- Olá, tudo bem? Por favor não me interrompa, tenho algo a lhe dizer, é grande, então escrevi, escuta, que eu vou ler!
" Minha querida (acho que não posso mais te chamar assim, desculpa, comecemos de novo)
Minha cara,
Por muito tempo, revivi a cena de seu rosto se virando, para esconder olhos beirando ao choro, enquanto seu cabelo esvoaçava no vento deixando no ar aquele cheiro do seu shampoo.
Mas, em minha mente, eu fazia um final diferente. Te segurava, te perseguia, implorava o seu perdão, fazia tudo, inúmeras possibilidades! Menos o que realmente fiz; te deixar ir embora sem nenhuma palavra... Sem fazer nada!
Mas, em minha mente, eu fazia um final diferente. Te segurava, te perseguia, implorava o seu perdão, fazia tudo, inúmeras possibilidades! Menos o que realmente fiz; te deixar ir embora sem nenhuma palavra... Sem fazer nada!
Por quanto tempo vivi no "e se"?! Até que hoje, finalmente, entendi.
E agradeço por ter te deixado ir. Não deu certo, porque não era amor. Era admiração! Uma tão grande, que por vezes, confesso, te invejei. E de tanto te odiar, acabei te amando. E te tanto amar, voltei a te odiar. Não sei explicar. É confuso, eu sei. Mas é difícil para mim te ver feliz. Espero que se você o for, que seja bem longe de mim."
- Se cuida, não suma! Quero manter o contato!
- Se cuida, não suma! Quero manter o contato!
E então, um aperto de mãos, como entre dois estranhos que acabam de se conhecer, e partiu. Assim. Simples. Me deixando lá atônita sem dizer palavra. Sem voz, desnorteada. Tentando entender o que aconteceu.
E afinal, o que diabos aconteceu???