sexta-feira, 18 de abril de 2014

Montanha-Russa

"Dor."
"Calma..."
"Amor!"
"Alma..."
"Pavor!!"
"Amor?"
"Flor."
"Amor."
"Dor... amor?!"

- Vamos mudar?
- Vou mudar.
- É pra valer?
- Você vai ver!

"É foi a última vez, que eu vou ceder..."

sábado, 12 de abril de 2014

Espaço

E foi assim que eu descobri que a coisa mais difícil de se fazer, era não fazer nada.
Eu tinha tanto para dizer, tanto pra explicar. Mas ela só queria silêncio.
Eu com tantos planos. Mas ela queria um tempo.
E quanto mais o tempo passava, mais eu pirava. Não fazer nada é uma droga!

Depois de tudo, foi só o que ela me pediu: um pouco de espaço.
Saiu pela porta deixando o rastro de perfume, e me deixou ali sozinho com meus fantasmas e pensamentos.

Fantasmas que me torturavam com possibilidades, com razões, com possíveis ações.
E pensamentos que me matavam lentamente com os diálogos maravilhosos, e umas mil maneiras de tê-la agarrado ali mesmo e impedido que partisse.

Acho que o inferno deve ser assim... reviver um momento mil vezes, com todas possíveis formas de resolver... e acabar da mesma forma... Sozinho no sofá, revivendo tudo...

No início era fechar os olhos, e ver a porta se fechando na minha frente, agora, já estou fazendo isso sem nem precisar piscar...

Espero que ela volte, ou atenda minhas ligações. Antes que eu decore todas as musicas tristes que conheço, e até as que não conheço.

Ou antes que esse espaço se torne grande demais... e nem eu, nem você, nem ninguém mais possa preencher... volta pra casa!

domingo, 6 de abril de 2014

De branco

Sabe, eu sempre choro em casamentos, sempre! Não seria diferente ali.... mas foi.
Não porque eu não tivesse chorado, porque, claro, chorei. Mas porque o sentimento foi um pouquinho diferente.

Quando ela apontou no corredor, como sempre, eu olhei para o meu momento preferido dos casamentos... A cara do noivo quando ela aparece lá no começo do corredor: de branco...
Poderia ser só um vestido, mas não era... era o amor!

Um amor presente em todos os casamentos, um misto de certeza e insegurança... um bando de sonhos que se juntam. Um sonho de cada cor, todos de uma vez, se unindo naquele vestido... branco!

E era tanto sonho, que transbordou nos olhos dele, e deu pra sentir lá do banquinho onde eu tava sentada... Aliás, onde a gente tava sentado: eu, e meus sonhos...

E.. eu também transbordei... Por ele, por ela... e por mim também...

E desejei que as vidas deles, e as nossas também, nunca deixasse de ter vestidos brancos, formados de sonhos multicoloridos... Mais que lágrimas, pela primeira vez, eu fiz uma prece!