sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ah, o amor!

De repente, tudo fica confuso, ele não sabe o que fazer.
O muro construído com tanta precisão começa a ceder. E nem as velhas piadas parecem mais o proteger.
De repente, ele está lá. Parado, perdido, despido, sem ação.
E dá um medo, uma insegurança, uma vontade de fugir nem se sabe pra onde, mas ele sabe muito bem do quê.
E a cada passo para longe, algo lhe trás ainda mais pra perto. O que antes era deserto, agora, é imensidão. E cada vez fica mais difícil disfarçar a insatisfação.
O sorriso forçado não esconde  a indignação. E é duro demais vê-la segurando em outras mãos.
O que antes foi mito, virou ilusão e agora é como um fogo ardendo sem explicação.
Ah, o amor, grande vilão. Não sabe que não deve morar em um só coração?
E ele briga, insiste, não quer aceitar. Essa chama dentro dele não pode brilhar. "Nunca antes; por que agora?" "Digo-lhe meu amigo, para todos ele chega em alguma hora."

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