segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amostras...

Rosa. Acho que o teto era rosa.
E fiquei em silêncio. Um silêncio dolorosamente gostoso, sem palavra que descrevesse o muito pra se dizer. Ou talvez não houvesse o que ser dito, palavras teriam estragado tudo.
Penso que seja mesmo nessas horas que a gente sabe que é mais que provisório, é um pouco mais complicado. Sempre é. É como um “por enquanto” mesmo que esse “enquanto” seja muito rápido, mas um “enquanto” que segue se repetindo, mais uma vez, e outra.
E talvez se repita tanto exatamente por ser assim, tão efêmero. A consciência do fim nos faz dar sempre o melhor.
Ou talvez o tempo seja tão curto que não haja tempo para julgamentos. Ou talvez cada um viva das lembranças e expectativas que faz do outro.
E acho mesmo que as pessoas que a gente cria na mente são muito melhores que as reais. E como nunca há tempo, nunca destruímos essas pessoas idealizadas que temos um do outro.
E cada um segue feliz. Livre, e ,paradoxalmente, preso. Por estar livre, aí sim é que queremos nos prender, porque não podemos. E sabemos que não há outra saída, é isso ou o nada. Mesmo que “isso” seja tão pouco.
Sigo vivendo essas pequenas amostras de felicidade. E isso pode ser muito mais do que eu realmente mereça. E talvez seja o máximo que eu possa oferecer, porque , sempre há outras opções, pessoas, caminhos, dias e lugares... 

Um comentário:

  1. Lindooo!
    O fim nos dá a consciência do que temos feito realmente,vem o medo de perder,de se distanciar de algo bom que vivenciamos,mas como parte da vida ela sempre chega,e aí ficam as lembranças do que veio antes do fim em nossa memória,fazendo vez ou outra a gente relembrar do bom,que teve seu momento e depois passou!
    Lindo post,dias de carinho e amor pra vc,abração querida Su!=)

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