Notei inicialmente as olheiras. Engraçado como todos nós
temos olheiras fundas e escuras, mesmo com boas noites de sono... Talvez seja o
sofrimento dos antepassados, vai saber, não é?! E depois, o papo. É o papo!
Essa pelinha flácida em baixo do pescoço, que deixa a gente com cara de
gordinho, mesmo nos mais magrinhos da família!
Os homens aqui vivem pouco, as
mulheres, bem mais. Os trejeitos, a teimosia, a força de vontade, a dedicação, a fé... A mania de “segurar” o dinheiro, a superstição...
Olhando todos aqui na mesa, realmente somos parecidos. Os
olhinhos pequenos são todos iguais, mas a cor não é a mesma. Nessa mesa,
olhando todos os 5, experimentei uma das experiências mais incríveis e
inusitadas da minha vida, entre todos esses olhos, os meus, são os únicos
castanhos, todos os demais verdes-azulados, azuis-esverdeados...
E me pego em devaneio em meio ao azul do céu que não tem estrelas; pensando no que mais irei herdar. Os destinos? Talvez! As ruguinhas? Os trejeitos? As manias?
Não sei... Mas sei que vou herdar os sonhos, e os sorrisos. Para que mais vezes, o céu brilhe, sem luar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário