domingo, 13 de março de 2011

O susto

Um vazio, uma vontade de sair por ae.
Uma vontade de fugir. Fugir de si, de nada, de tudo, de não se sabe bem o quê.
Um vazio, uma ansiedade por algo que nem se sabe se virá, uma angústia por uma espera que pode ser vã.
Um vazio. Um vazio. Um vazio ainda maior.
Liga. Pede ajuda. Conversa... Conversa mais um pouco.
O vazio está quase sendo esquecido...
De repente, violência! Pânico!
Um instinto animalesco, uma força vinda não se sabe de onde, pra proteger não sei direito o quê.
Bens materiais? Honra? Não! Por instinto mesmo! Assim, simples, sem pensar.
A luta. Força. Grita! O agressor enfim desiste. E vai saindo. E sai. Abusado, ainda olha pra trás!
Nessa hora, vem o medo (estranho ele só ter vindo agora). E só ae se dá conta, "Ó meu Deus, que perigo!" pensa. E vem o tremor.
Continua então andando, ainda tentando entender a violência gratuita que acabou de sofrer, tenta entender sua própria atitude. E lembra dos gritos, a luta, a força. Medo. Dor.
Constata que nada lhe aconteceu. Teve sorte!
Mas fica estranhamente orgulhosa. Por alguns segundos o vazio aumenta tanto que parece que nunca vai sumir. E então cessa. Simples assim.
No fim de tudo, apenas um celular quebrado. O peito continua machucado, mas o vazio desapareceu. Talvez pelo susto, ele fique encoberto por um tempo. Por enquanto, aconteceu tudo e não aconteceu nada. Só mais uma dessas coisas loucas... que só acontecem lá... e que só acontecem com ela!


"... e tenho tudo para ser feliz. Mas acontece que sou triste."

2 comentários:

  1. Suéllen, muito legal! Meus parabéns.
    Estou com vergonha do texto q entreguei no Prodocente (pessimo na escrita, deve ter dado pra perceber neh!!).
    Beijos!

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  2. Que isso!! Nada a ver! =D
    E obrigada! Que bom q vc gostou do blog! =D Bjaoo

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