sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Despedidas

Essa estória de morar em vários lugares e não pertencer a nenhum é mesmo um saco!
De um lado sou como o vento. Vem de vez em quando, alegra alguns, pra outros não faz diferença. Apenas mexe algumas folhas, pode ser bem forte e fazer alguns estragos, mas na maior parte das vezes é só um frescor e logo vai embora....
Do outro, sou uma mudinha, pequenas raízes. Uma sede de aproveitar toda a água que possa aparecer, mesmo sabendo que não posso usufruir de toda ela. Uma necessidade de viver tudo, sabendo que logo, logo, vão me plantar em outro lugar...

É mesmo muito chata essa vida provisória, sem poder criar laços, que são inevitáveis, se criam sozinhos!
E fazendo com que os já existentes doam cada vez mais, todas as vezes que nos despedimos.
A dor da partida de um lado, compensa a chegada no outro? Não sei responder, são dores diferentes. E impossíveis de ignorar. Dores que assombram, fantasmas que querem conversar, mas que eu só quero ignorar.

Mesmo sabendo que a espera não é assim tão grande, a dor acontece mesmo assim. Ela é meio surda... não ouve quando agente diz que o tempo passa rápido. Apenas dói e pronto!

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